quarta-feira, 11 de abril de 2012

Louca razão

Sou o verso e o poema
O sim e o não
O pano rasgado
Escuridão

A agulha que costura a carne
Branco algodão
De vermelhas rosas sangue
Enfeitando um caixão

Não me digam que sou louca
Vestidos e facas
Eu grito pro vento
Que é minha morada

A chuva lava-me a alma
Pessoas vistas do chão
Duas velas velhas
Queimando, fazendo clarão.

Ah se os gritos de meu silêncio
Fizessem ouvir a multidão
Os normais que na terra vivem
Nunca me dariam razão.



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